Trump ameaça Panamá
Texto: Elaine Tavares
A primeira atividade das Jornadas Bolivarianas deste ano será o lançamento de mais um volume da coleção Pátria Grande, no dia 10 de setembro, às 19h, no auditório do Centro Socioeconômico da UFSC. É o livro de Juan José Arevalo, “Guatemala, a democracia e o Império”, traduzido por Géssica Carolina Goulart Pinto, Luiz Felipe Domingos, Maria Eduarda Munaro e Marlon de Oliveira Xavier.
Juan José Arévalo foi um intelectual e político guatemalteco dono de vasta obra. Foi presidente do país no período que vai de março de 1945 a março de 1951, depois que o ditador Jorge Ubico foi derrubado pela revolução popular. No seu mandato colocou em cena uma nova Constituição e iniciou uma série de reformas que verdadeiramente mexia nas estruturas do Estado, até então uma espécie de marionete da United Fruit.
Com ele veio a Reforma Agrária, mudanças profundas na educação, na saúde, na vida material dos trabalhadores. Não foi à toa que ele sofreu mais de 20 tentativas de golpe, todos capitaneados pelos Estados Unidos, é claro. Jacobo Arbenz, que o sucedeu, seguiu no mesmo caminho de justiça social e, desgraçadamente, não conseguiu terminar o governo. Foi derrubado em 1954 porque os Estados Unidos queriam manter a United Fruit como dona do país.
Seu livro é um relato e uma denúncia da ação imperialista no país. Um livro de combate reivindicando soberania e independência.
O livro, que foi editado pela Editora Insular, será apresentado pelos tradutores. Mas, mais do que o livro a conversa será sobre a Guatemala que, hoje, coincidentemente, está sendo governada pelo filho de Juan José, Bernardo Arévalo. Uma parte importante da história da América Central, esses espaço ainda tão desconhecido entre os brasileiros.
Antes do lançamento haverá a celebração dos 20 anos do Iela, cumpridos em julho deste ano.
Haverá certificado para os inscritos. Inscrições na hora.
